Rita Aragão foi uma pintora que me impressionou.
Nas suas telas, tentou transpor a bela região do Alentejo de onde provém, com a quietude do deserto que a abraçou.
As suas telas, transportam-nos por entre cores calmas, como a areia do deserto, mas selvagens como as suas tempestades.
Nelas transparece uma profusão de cores que inspiram serenidade e bem-estar, beleza e doçura, sensualidade e erotismo, transpostas por uma pessoa, que atribui à vida algo mais do que uma mera passagem.
Alguém que exala sensibilidade, calma, desejo e paixão, tão dispersos numa sociedade que acabou por esquecer, tudo aquilo que Rita procurou nas suas telas transparecer.
Manuel Albuquerque
Escritor e Poeta